Apesar de ter sido criada há mais de duas décadas, a Lei de Cotas somente há alguns anos começou a ser cumprida pelas empresas. Esse cumprimento se deve em grande parte à ação fiscalizadora do Ministério Público do Trabalho, que tem atuado em empresas de médio e grande porte, multando-as, quando necessário. Organizações autuadas pelo citado órgão solicitam assessoria na contratação de profissionais com deficiência, por não conhecerem a capacidade de trabalho dos mesmos e não saberem como recrutar e selecionar essas pessoas. A presente pesquisa buscou analisar como tem se dado o processo de recrutamento e seleção das pessoas com deficiência, focando as mudanças nas práticas organizacionais necessárias para inclusão no mercado de trabalho. A fragilidade do processo analisado oferece ricas possibilidades de reflexão sobre o processo de inclusão de pessoas com deficiência nas organizações, principalmente no que diz respeito à inconsistência das práticas administrativas e à forma como o governo se posiciona.